sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sonho 23 de Junho - Prisão e amnésia


Admito ter me surpreendido ao ler este texto cuja escrita foi realizada a cinco meses atrás.
Refere-se a um sonho que tive. Realmente não me lembro dele, mas relembro a forte impressão que tive quando acordei e resolvi escrevê-lo. O título dado a ele aqui é o mesmo salvo em meus arquivos. 
Em homenagem a Vinicius Arena, pela gratidão de ter me ensinado a guardar este tipo de lembrança.


Sonho 23 de junho de 2010-06-23
Dia chuvoso pela manhã, acordei as 7 30 para levar meu pai ao portão para o trabalho, voltei à cama e durmi até 9:45. O sonho aconteceu neste período.
Estou com meus amigos, Higor e Leonardo, e quero sair de casa. Pego um carro que não possui rodas mas apenas um motor parecido com um liquitificador onde devo colocar água frequentemente para fazer andá-lo. Ao sair com ele, percebo que tem problemas, e paro, junto com meus dois amigos, numa rua perto de minha casa. Ambos prometem concertá-lo para continuarmos andando e com isso fico tranqüilo e resolvo fazer outra coisa. Depois de um tempo, eles resolvem ir embora e eu, pensando que tudo estava pronto, fico surpreendido ao ver que nenhum deles fez nada pelo carro, mas sim alguns projetos estranhos de física.
Empurro o suposto carro e entro numa oficina. Obtenho ajuda de dois senhores para concertá-lo, entretanto, requer alguma demora para eles me ajudarem a concertá-lo e digo que não é necessário, pois tenho prova na UFES logo depois e não gostaria de chegar tarde. Também gostaria de ver o jogo da copa do mundo depois da prova.
Ao sair do mecânico percebo que entro na rua errada, tento voltar, mas já não reconheço mais nenhuma rua e as pessoas que estão ao meu redor. Vou para um lado, e vejo um rio com uma correnteza bem forte e bem sujo. O rio fede como esgoto e é  utilizado como brincadeira por crianças. Vou para outro lado e vejo muita gente voltando, todos são negros. São mulheres e homens e todos andam com algum instrumento na mão, lembro-me das picaretas, além de trajarem vestes mui capengas.  
Pergunto para onde vai dar aquele caminho e eles dizem que vai dar numa pequena vila, pergunto-lhes se vai para Vitória, e eles afirmam que não. Vou atrás de uma mulher e peço por favor que me informe onde fica a via para Vitória. Ela acha meio esquisita a minha pergunta. Neste ponto da história vejo meu amigo Leonardo sair de um carro, conversar com um policial frente a um posto parecido com um presídio, entrar de volta no carro e ir embora. Tento gritar para ele me levar junto e me socorrer, mas sou impedido, de maneira psicológico-coercitiva, pelas pessoas que estão ao meu redor. Percebo que meu amigo olhou para mim mas não me reconheceu. Meus companheiros de sonho dizem já se passar 06 anos e eu ainda continuava não entendendo o que estava acontecendo. Fizeram olhar-me no espelho. Não vi quase nada de diferente, apenas o meu cabelo precisando um pouco de corte.
Minha amiga Bárbara Figueira entra na história, discuto com ela e ameaço bater nela, ela sai correndo e eu saio correndo atrás. Chamo-a de puta, ela resolve parar de correr e deixar-se bater. Derrubo-a no chão, dou um soco em sua cara, pessoas nos separam de algo pior.... e acordo.  

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fundamental é ser feliz

Você sabia,
que o direito ao crédito é avaliado por muitos como um direito fundamental, até mesmo considerado um direito humano?

Eu não sabia.

e você?

A burocracia

As vezes penso neste pequeno conto do Eduardo Galeano quando tenho de ir a algumas repartições públicas...


A burocracia/3
Sixto Martinez cumpriu serviço militar em um quartel de Sevilha.
No meio do pátio do quartel havia um banquinho. Junto ao banquinho, um soldado montava guarda. Ninguém sabia por que era necessário guardar o banquinho. A guarda se fazia porque se fazia, noite e dia, todas as noites, todos os dias, e de geração em geração os oficiais transmitiam a ordem e os soldados a obedeciam. Nunca ninguém duvidou, nunca ninguém perguntou. Se assim se fazia, e sempre se havia feito, por algum motivo seria.
E assim continuou a ser, até que alguém, não sei qual general ou coronel, quis saber a ordem original. Tiveram que revolver a fundo os arquivos. E depois de muito buscar, ficou-se sabendo. Havia trinta e três anos, dois meses e quatro dias, um oficial havia mandado montar guarda junto ao banquinho, que estava recém-pintado, para que não acontecesse de alguém sentar sobre a tinta fresca.
Eduardo Galeano, o Livro dos Abraços